terça-feira, 12 de maio de 2015

À descoberta do Douro

Crónica do que nos seduz
Em dia lindo de luz.
Comboio e barco nos conduz
Ao turismo que no Douro se produz.


Um passeio em tempo de escola vai alimentando desejos e expetativas de um dia diferente, mais suave, desprendido, alegre, divertido. Se o destino e o percurso programado já é tão bem classificado de belo e valioso a nível mundial, não há como tornar maiores essas expetativas. O leitor concordará comigo se lhe disser que o comboio nos levou de Mosteiró ao Pinhão a ver por fora e a sentir por dentro os efeitos de uma pista de água ao nosso lado e mais ao lado dela encostas onduladas de múltiplos tons de verdura. Dois rabelos, do pinhão à foz do tua, levaram-nos mais acima e mais por dentro deste belo paraíso, tão bonito como entre nós o sorriso. O sol batendo de luz sobre todas as coisas presentes a nossos olhos tornou neles maior o brilho do nosso encanto e prazer. Quintas e quintas memoriais de uma região que tornou o Douro um património Mundial da Humanidade. Um património natural costurado por braços trabalhadores de um solo de terra e pedras e por objetivos bem  definidos de uma riqueza a produzir, que deu ao mundo o licoroso, o saboroso, o inebriante vinho do Porto. O que hoje vimos é um mundo de turismo, séculos de história, tratado de economia, projetos de engenharia e muita sabedoria e muitas vidas consumidas, gastas a trabalhar para a sua vida ganhar e para milhões de muitas outras muito dinheiro gastar.O ondulado deslizar  do comboio em sua linha foi o abrir, curva a curva, cerca de 150 anos de história deste Portugal e destas Terras durienses em que os deuses se curvam ante a determinação e inteligência dos humanos: Pala, Mosteirô, Rede, Porto de Rei, Moledo, Régua, Pinhão, estações de tantas memórias de quem por aqui passou: Oh bem aventurada gente cujo trabalho nos legou um tempo hoje de gozo, de passeio, de deleite e de uma outra forma de ganhar o pão: o vinho e o turismo.O Ouro que nos primeiros séculos da nossa era muitos povos daqui sacaram ao Douro, veio a ser outro Ouro que a milhões brilha nos olhos e a centenas de milhares recheias os cofres dos bancos e melhora a vida real.O dia 22 de abril  deste ano sob a programação e orientação da professora Maria João, teve essa sorte de ser feliz connosco, alunos do 2º. E 3º anos do curso de Técnico de Turismo Ambiental e rural e  alguns dos seus professores. Toda a festa dá trabalho. Foi o que previamente os alunos fizeram: investigaram, planificaram, organizaram para que todos quantos fomos fizéssemos turismo, aprendêssemos turismo, socializássemos os nossos encantos e cruzássemos olhares de corpo e alma repletos. Não bastando os arquivos das emoções em memória, a luz guarda nas imagens digitalizadas, estas horas felizes, belas, passadas. E quantas mensagens em telemóveis enviadas… Quisera um professor que tem meu nome, que os jovens percebessem que Turismo é um mundo maravilhoso que exige muito rigor e profissionalismo para ganharmos a vida  com ele.
Para o nosso prazer de hoje Douro acima, muitos outros trabalharam para receber o dinheiro que outros por nós ganharam para que outros pagassem:

este prazer deslizante em bitola ibérica, 
estes pés assentes em rabelos no lugar das pipas, 
estes olhares brilhantes, sobre os  bordadas de verde primavera,
por dentro, alguns deles molhados de memórias vidas passadas. 
Tudo de bom, excelente.

Obrigado sol, Douro e gente, por este belo dia diferente.

Manuel Coelho



Pinhão



Partida do cais do Pinhão

Passeio de Barco






















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